sábado, 10 de julho de 2010

Seleção brasileira - Nem 1982 e nem 1994 ...

A palavra de ordem na seleção brasileira de futebol. segundo a CBF é "renovação" e creio que isso deva ser levado ao pé da letra, porque sem qualquer sombra de dúvida, do jeito que as coisas estão não poderiam continuar.

Penso que para assumir como técnico não deveríamos voltar ao passado com o Felipão por mais que seja um excelente treinador, já consagrado e com um enorme prestígio internacional, mas que já teve a sua oportunidade em 2002 e como obteve sucesso naquela oportunidade, creio que um raio não caia duas vezes no mesmo lugar e mais do que isso precisamos prestigiar a nova geração não só de jogadores de futebol, assim como novos treinadores que estão despontando.

Em 1982 tínhamos uma seleção com um "Futebol arte", empolgante e bonito de se ver, uma técnica apuradíssima, jogadores talentosos e habilidosos, mas que não obtiveram grandes conquistas, porque o seu sistema defensivo era fraco, a começar pelo goleiro Waldir Peres (franqueiro), miolo de zaga e volantes muito técnicos, mas com pouca pegada na hora da marcação, como Cerezo e Falcão, gênios da bola, mas fracos na marcação. E do meio pra frente muita habilidade e técnica, porém não chegaram a lugar algum, não venceram a Copa do Mundo de 1982, na Espanha.

Já a seleção de 1994, treinada por Carlos Alberto Parreira, jogou um futebol burocrático, muita aplicação tática, preparo físico, uma defesa forte, dois volantes de contenção aplicados em marcar quem eram o Mauro Silva e o Dunga e na frente o talento estava nos pés do Bebeto e do Romário, no mais um futebol feio de ver, tinha o Zinho (enceradeira) que ficava rodando como aquele eletrodoméstico utilizado dar brilho ao piso depois de encerado, o qual atuava no meio de campo, mas jogava pro time.

Mas nesse time também tinha o Cafu na lateral direita que estava muito mais para maratonista do que para jogador de futebol, porque chegava na linha de fundo e errava a grande maioria dos cruzamentos, mas voltava muito rápido para a defesa e muito combativo na marcação.

Mas em 2010 com a reformulação na seleção brasileira precisamos ao meu ver, mesclar 1982 com 1994, ou seja, a futebol arte da década de 80, somado a marcação, disciplina tática e objetividade de 94, porque jogar bonito e não ganhar de nada adianta e ter um futebol feio, de marcação, pegada, carrinho e força física apenas seria assassinar am principal virtude do futebol brasileiro que é exatamente a habilidade técnica dos nossos jogadores, o drible e as jogadas de efeito que evidenciam o futebol brasileiro.

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